quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Arqueologia do feminino em Freud

Damares de Castro Aleixo: Arqueologia do feminino em Freud(1 de julho de 2005, Orientador: Liana Fortunato Costa).

O trabalho mostra como o silenciamento teórico das mulheres, no decorrer da história da filosofia, impossibilitou pensar o feminino a partir do seu próprio corpo, já que quase toda produção teórica sobre a mulher foi produzida por homens e a partir do modelo masculino. Partindo da metodologia desenvolvida por Michel Foucault, que trata de entender as condições de possibilidade da emergência dos discursos, investiga-se os elementos que propiciaram o surgimento do discurso freudiano acerca da sexualidade feminina, entendendo que essa teorização remete a discursividade muito anteriores. Desta forma, através do método arqueológico, demonstra-se como o modelo aristotélico que pensa o corpo feminino como um corpo masculino incompleto e imperfeito deriva uma compreensão da feminilidade que se atualiza ainda hoje. As análises genealógicas também são utilizadas com o objetivo de explicitar os desdobramentos das estruturas de poder no surgimento dos discursos acerca do feminino. Ou seja, partindo das formulações histórico-filosóficas e políticas que pensam a mulher e a psicologia feminina a partir do modelo masculino, evidencia-se como esses modelos se atualizaram na concepção freudiana de feminilidade.

Palavras-chave: Sexualidade, psicanálise, filosofia, mulheres, arqueologia.

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